sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Férias


Finalmente, amanhã quando acordar já estou de férias!

É das melhores sensações, formigueiro nos pés, sorriso de orelha a orelha, "nervosinho miudinho", felicidade transbordante... Uma das melhores sensações das férias é o sentimento pré-férias. Tenho neste preciso momento 3 semanas inteirinhas à minha frente. Vou voltar a casa!!!
Casa essa que é a dos meus Pais mas que também continua a ser um bocadinho minha, da minha infância, com o seu cheiro especial e que evoca óptimas e muitas recordações!

Deixo aqui um poema de Mário Quintana, não muito alegre mas sobre a infância!

Até breve, boas férias para todas as Bolhas e boas festas!!!


Recordo ainda

Recordo ainda... e nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...

Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...

Estrada afora após segui... Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai:

Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...

1 comentário:

Anónimo disse...

Tem toda a razão querida Mor! Também eu muitas vezes entro numa fase saudosista. Há quem dia que passado é passado, que não devemos desenterrá-lo ou sentir saudades. Mas eu sinto saudades da minha infância... Às vezes, tenho saudades de ser criança, que me chamem pipinha, que me peguem ao colo, de ter cara de boneca com caracóis louros, que os meus pais me digam "um dia vais dar-me razão!", que ralhem comigo, de cair, esfolar os joelhos, de brincar na praceta dda minha rua, das férias com os meus avós, de andar as cavalitas do meu pai. Depois disso tudo muda. Quando deixam os diminutivos de parte tudo fica diferente. Já não somos aquela criancinha adorável a quem dá vontade de apertar as bochechas. Temos de crescer, obrigam-nos a crescer. Não percebo porquê. É bom poder rir, saltar e brincar como se nada fosse, sem nos importarmos se alguém está a ver ou se alguém vai criticar. Eu gosto de ser como sou, tal e qual como uma criança. Infantil, se assim o quiserem chamar. Por isso mesmo gosto de voltar ao mundo encantado da Disney! Porque no fundo... continuo a ser uma criança. E ainda bem.