quinta-feira, 5 de julho de 2007

cilindro ao quadrado

Como eu odeio mudanças!!!! A única coisa que gosto nas mudanças é de poder escolher coisas novas para a casa... Mas até isso me está vedado pois o cara-metade tem 200.000 vezes mais sentido estético do que aqui a je...

Recuso-me a fazer uma nova mudança, estou farta e saturada! Digo mais, só abro uma excepção se puder mudar-me para a Clubhouse do Oitavos Golfe da Quinta da Marinha... É que é uma casa toda em vidro de sonho, com vista para o atlântico... Tem um restaurante que vai ter de ser despejado. Lamento imenso mas não posso ir viver para um restaurante... Cada vez que lá vou até fico sem palavras tal é o pasmo!!! Esmaga-me...

Aproveitem agora para ir lá jantar, ou tomar um chá pois em Setembro vou de proposta em punho, com uma oferta de compra!

Mudando de assunto, encontrei hoje um Blog fabuloso... Quando o nosso Blog for menos fútil, mais adulto e sensível, podia ser um bocadinho assim...

Beijos. De parabéns, de condolências, de bom trabalho, de boa viagem, de regresso a salvo e a casa. Beijos repenicados, como os da avó, melosos, como os da mãe, ou molhados, como os do primeiro namorado. Beijos apaixonados, beijos roubados, beijos de língua, à francesa, à esquimó. Beijos de missa, devotos, no pé de Jesus, beijos respeitosos, de filho, de aluno. Beijos de cinema, demorados, épicos, beijos para sempre. O beijo da mulher-aranha, o do vampiro, o de judas, o da serpente. Beijos fatais, beijos normais e beijos de adeus (de adeus e até nunca). Beijos soprados com uma mão, a outra a acenar, beijos de boas férias, beijos a fugir, que não há tempo para mais. Beijinhos de açucar, dos das mercearias, beijos amargos. Não me interessa de que tipo são, nem que nome lhes dás: quero-os, cobre-me com eles como se me cobrisses com uma capa rude de pastor no meio de uma serra fria. Nem um dedo à mostra, entendes?”

Como é possível ser tão bem escrito? Cilindrou-me... Vão lá ler, antes que o transformem num livro...

Boa quinta feira!

9 comentários:

Anónimo disse...

Amiga Bolha,
Eu vivro com esse blog...
Vá lá ler esta passagem:

“Que vergonha, agora, quando penso nos disparates confessados, nas juras de amor sôfregas, remoídas na solidão do quarto, as paredes a fazerem-te as vezes. Que vergonha,tantos despudor e promessas aos santinhos da minha devoção, para que te pusessem no meu caminho, para que não pudesses viver sem mim. Que tolice, tantos impropérios gritados em silêncio, as febres, a fome, o choro contido nos entremeios dos lençóis. Eu, amarrotada, como os lençóis. Que perda de tempo, a pedinchice desnecessária, a choraminguice, o beicinho inútil. A paixão é uma cegueira danada, uma solidão desmiolada, egoísta, absorta, desligada. A paixão afugenta o bom-senso, a razão e a bondade das coisas, de todas as coisas. Enquanto ilumina o outro como um vitral de igreja e o refracta para todos os lados, num bailado colorido, acinzenta e esbate as formas do que é importante. É injusta, mentirosa e supérflua. Mas, um dia, estranhamente, quando menos esperamos, o nosso eu adormecido, o capaz de amar mesmo algures alguém e muito, desperta do sono envenenado como a princesa de uma fábula; sacode dos ombros os restos do seu sonho moribundo e acorda para a vida verdadeira, para os caminhos sinuosos do Amor de Facto, aquele que sobrevive nos meandros entediantes das afecções diárias. A paixão é um rebate falso, uma promessa de nada, uma perda de tempo e de saúde, dez passos à retaguarda, cinco à caranguejo. Por isso, regozija-te: estou finalmente acesa para a vida e alegremente te digo, nunca saberás o que perdeste.”

http://umamoratrevido.blogspot.com/

Anónimo disse...

Bem escrito mas mesmo assim um pouco lugar comum...

Anónimo disse...

A menina só pode estar a tresler...
Então agora quer privar-nos, a nós bolhas da marinha, de almoçar no Verbasco??? Só pode estar absolutamente passada... Vá mas é almoçar para hac sá e não venha para cá fazer propostas inaceitaveis...

Anónimo disse...

Estive lá ainda este fim-de-semana... hehehehe...

Anónimo disse...

Uma das mais belas definições de beijo que ouvi até hoje, foi dita, de uma forma extremamente romântica, pelo biólogo e escritor francês Jean Rostand
“Um beijo é um segredo que se diz na boca e não no ouvido”

Querida Mor,
A verdadeira história do beijo, poucos/as a conhecerão mas aqui a je, generosa como é, vai dar-vos o gosto de a divulgar!
Segundo o grande historiador grego Plutarco, que viveu nos anos 45 a 125 da nossa era, os seres humanos começaram a beijar-se quando uma lei romana proibiu as mulheres de beberem vinho. Para se certificarem que as suas mulheres cumpriam de facto essa lei, os maridos começaram a “testar” o hálito das mulheres. Depois disso, surgiu uma nova lei, que tornou o beijo obrigatório entre os conjuges, para que, desta maneira, fosse reforçada a fiscalização daquela lei.

Aliás, deve ser porque a lei se mantém ainda em vigor, que passados estes anos todos, as pessoas, e não só os cônjuges, se continuam a beijar!!! Estou em crer que deve ser apenas por isso...

Fique bem Mor. Um beijo grande!

mor disse...

Querida amiga,
Uma bolha é sempre uma bolha mesmo que não o queira ser...
Adorei o comentário e volto a dizer-lhe que tenho himalaias de pena por não ser um escrito.
Ando anémica de saudades das suas piadas, trocadinhos e escritos bloguistas!!!
Bom fim de semana no westin...
Bjs
BM

mor disse...

Cara Me Hate,
Aproveite enquanto é tempo pois em setembro acabou-se, passo a legitima proprietária da maison...

Anónimo disse...

O que se aprende neste blog ;)

mor disse...

Multifacetado e culto!!!