sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Afinal a vida não é como a imaginámos!


Olhando para trás vejo que a fase da vida onde fui mais plenamente feliz foi durante a infância… Espero que os meus filhos um dia pensem o mesmo que eu. Sem preocupações, só brincar, tudo decidido pelos outros com liberdade que baste, bons colégios, muitos amigos, não me faltou nada. Felizmente, adoro os meus queridos pais (nunca conseguirei agradecer o suficiente) e a nossa ligação continua cheia de bons e felizes momentos.
O primeiro choque da idade adulta é ter de trabalhar. Não ser “rendimento mínimo”. Ter de ficar no escritório cerca de 10 horas por dia. Ia tendo um treco. Doíam-me tanto as costas. Só queria sair dali. Mas até que tive sorte, no primeiro ano do meu primeiro emprego, como vivia com os meus pais, só aforrava, vivia numa segunda adolescência com dinheiro próprio para viagens, jantar fora, compras.
Quando me casei,  tinha tempo para tudo, viajar, passear,  trabalhar, fazer ginástica, namorar… Depois quisemos ter filhos que tardavam. Ao fim de cinco anos nasceu a primeira filha, a Loufuzinha, passado dois anos o bebé E., trouxeram tantas alegrias e animação como noites mal dormidas (podem imaginar quanta alegria).
Perguntaram-me no outro dia se sou feliz. Ao contrário do que pensava na infância, não há felicidade plena, todos nós temos os nossos momentos, problemas, amarguras e frustrações, insónias, o emprego que talvez não gostemos tanto, a profissão que não é de sonho,  alguém que precisa de ajuda, o stress do dia a dia, as contas para pagar, mas temos que saber aproveitar o melhor dos nossos dias.
O abraço ao fim do dia, as corridas ao entardecer e as escondidas, as conversas entre pais e filhos (sendo eu a filha), as perguntas inocentes, os mergulhos na piscina, as bricadeiras entre avós e netos, beber um copo a dois, os jantares de quinta e sexta-feira, os passeios de mãos dadas, cozinhar, ter tempo para ir às compras, dançar, conversar com amigos, as cabanas feitas de lençóis, todos esses momentos me fazem sorrir…
Dois filhos saudaveis, a companhia dos nossos Pais, emprego, casa e roupa lavada e o bolhão como companheiro de vida, posso dizer que estou numa segunda infância no que toca a momentos felizes...

Bom karma e atitude positiva são meios caminho para uma vida feliz.  Bom fim-de-semana!

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