quinta-feira, 3 de março de 2016

Sobre a morte

Não temo a minha morte, encaro-a como uma inevitabilidade.
Em compensação tenho um verdadeiro horror à morte dos que amo. Nunca mais poder ver, ouvir, sentir, tocar, falar e cheirar.
Hoje fazia anos a minha avó E., depois de a perder, durante algum tempo ouvi os seus passos no corredor. Se fechar os olhos ainda consigo sentir as suas mãos ossudas entrelaçadas nas minhas, o seu cheiro e os seus beijos ruidosos nas bochechas que já não tenho.
Habituamo-nos à ausência, mas a vida não volta a ser igual...

2 comentários:

Pedro Coimbra disse...

O meu avô Sá morreu quando eu tinha 10 anos.
Tenho 51, nunca mais o esqueci, Mor.

mor disse...

Ainda bem, Pedro! Pessoas marcantes e boas, ficam no nosso pensamento.