A música sempre fez parte da minha vida. Na minha infância houve sempre musica. Ao fim do dia o domínio era da minha Mãe, chegavamos a casa o gira discos estava ligado, entre os banhos e o jantar tinhamos tempo para dançar, oscilavamos entre a ópera, música francesa e jazz.
Aos fins-de-semana, entre algumas cachimbadas e leituras de jornal, era a vez do meu Pai escolher a música, classica, jazz, blues e bossa nova...Tinha obrigação de ter uma bagagem musical muito maior do que a que possuo.
Na adolescência ouvia as músicas da modas mas nunca fui ferranha nem usava as poupanças para comprar musica, gastava tudo em livros.
Infelizmente, nos dias de hoje a música faz menos parte da minha vida. Basicamente oiço no carro, em percursos curtos. Depois ando sempre a correr, a sentir-me o Coelho apressado da história de Alice no País das Maravilhas. Devo abrandar e tentar saborear as coisas boas da vida mas por vezes este ritmo tão frenético não dá tréguas e os dias, semanas, meses, anos vão passando...
Vou ouvir mais musica, até porque os meus filhos adoram e desembaçia-nos a alma.
Escrevo estas considerações ao som da música preferida do meu Pai que, tal como eu é um romantico contido. A musica é trágica e melancólica e foi escrita por Dvořák para o seu primeiro amor (não correspondio), a sua cunhada Josefina Čermáková. Uma história fascinante. Pode-se ler mais aqui.
Bom serão!
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