Sabemos
que temos que partir um dia. É incontornável. Esperando sempre que os que
amamos o façam sem sofrimento, sem dor, repentinamente, muito velhinhos...
No último
mês, a vida ficou suspensa, perdemos noites de sono e ganhamos anos de
preocupação. Felizmente as noticias foram boas.
O
meu Pai tem as pernas mais longas da minha infância, era atrás delas que me
escondia quando tinha vergonha. Fazia-me umas massagens chinesas nos galos da
testa que por magia curavam tudo e secavam as lágrimas. Era a imagem do príncipe
que salvava a Aurora do Dragão no castelo da bela adormecida. Ensinou-me a
ouvir jazz e ainda hoje nos fartamos de rir com cenas dos filmes do Woody Allen.
Dá-me os melhores conselhos. Inteligente, honesto, ponderado e culto é talvez a pessoa mais modesta que
conheço.
Acima
de tudo o meu Pai é um homem bom.
Não
sei como seria a minha vida sem o ter por perto.
Muito grata!
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