Não temo a minha morte, encaro-a como uma inevitabilidade.
Em compensação tenho um verdadeiro horror à morte dos que amo. Nunca mais poder ver, ouvir, sentir, tocar, falar e cheirar.
Hoje fazia anos a minha avó E., depois de a perder, durante algum tempo ouvi os seus passos no corredor. Se fechar os olhos ainda consigo sentir as suas mãos ossudas entrelaçadas nas minhas, o seu cheiro e os seus beijos ruidosos nas bochechas que já não tenho.
Habituamo-nos à ausência, mas a vida não volta a ser igual...
2 comentários:
O meu avô Sá morreu quando eu tinha 10 anos.
Tenho 51, nunca mais o esqueci, Mor.
Ainda bem, Pedro! Pessoas marcantes e boas, ficam no nosso pensamento.
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