Há pessoas a quem a vida não sorri de todo mas que têm uma capacidade incrível de rir dos seus problemas e de espalhar alegria pelos vários cantos da casa.
Pessoas que tiveram o infortúnio de nascer em famílias não estruturadas (como agora parece ser moda dizer), infelizes, cujos progenitores se estavam a borrifar para os seus sentimentos, ou não mediram as consequências dos seus actos na esfera emocional dos filhos, ou onde os irmãos eram uns sacanas e fizeram tudo para as prejudicar.
Pessoas que foram abandonadas, maltratadas, enganadas pela metade que julgavam ser a sua.
Pessoas que não têm dinheiro para comer, pior para dar de comer aos seus.
Pessoas que, por razões várias, têm o ego lá em baixo e o amor-próprio nas últimas.
Pessoas que perderam pessoas queridas, que se sentem sós e desamparadas.
Que ainda assim conseguem sorrir, ter uma palavra simpática, ajudar os outros, renascer e seguir em frente, aprendendo com a dor, a solidão, a combater a amargura, a dar a volta.
Tenho a sorte de conhecer algumas pessoas assim, algumas bastante próximas, fantásticas!
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