Fico sempre com pena de o natal ter passado a correr. Não ligo pevide à passagem de ano mas o natal mesmo que passado longe da família, a dois muito juntinhos porque está um frio danado lá fora e porque é bom, é sempre uma época vivida intensamente. Depois de passado, sente-se uma espécie de depressão pós-natal, ou síndrome-pós-natalício-oh-já-foi-agora-só-para-o-ano... Pronto, já passou!
Tenho uma certa curiosidade em saber porque é que no dia 24 à noite, o centro de Macau estava inundado de pessoas com corninhos luminosos e espadas darth vader? Era véspera de natal, enquanto uns estavam na missa do galo outros brincavam ao halloween?!
Passei ontem pelo porto interior e só vos digo que fiquei triste... O pouco “Macau antigo” que existia nessa zona da cidade está a ser destruído. Existe um bunker novo e gigante para habitação que tapa a vista de todas as casas baixinhas e coloniais que caem de podres ao longo da avenida. Já para não falar das passadeiras aéreas que são necessárias mas podiam ser menos feias, mais integradas e discretas... Houve uma altura que achei que iam reabilitar toda a zona ribeirinha mas enganei-me, noutras cidades essa zona estaria a ser recuperada para ser o ex libris...
Hoje despeço-me com um poema em patuá de José Dos Santos Ferreira - Macau Di Tempo Antigo.
"Macau de antigamente
Na tempo de balicham
Non-tem assi tanto gente
Co tanto inventacam
Na sala di tiro grande
Sa tem mobilha pau-preto
Vaso-fula grandi-grandi
Orna casa qui bem-feto
Gente antigo, nos senti
Tem mas chiste, mas manera
Sabe fala, sabe uvi
Papia menos babuzera
Lava rosto, gosso dente
Nos tudo lembra come
Cava choma tudo gente
Vaza cha pa oncom bebe
Apa-bico quente-quente
Merendero ta grita
Abri lata choma gente
Vem pruva su catupa
Gente antigo sa divera
Capaz pa come-bebe
Dia intero pitisquera
Nuncassa susto more"
Tenho uma certa curiosidade em saber porque é que no dia 24 à noite, o centro de Macau estava inundado de pessoas com corninhos luminosos e espadas darth vader? Era véspera de natal, enquanto uns estavam na missa do galo outros brincavam ao halloween?!
Passei ontem pelo porto interior e só vos digo que fiquei triste... O pouco “Macau antigo” que existia nessa zona da cidade está a ser destruído. Existe um bunker novo e gigante para habitação que tapa a vista de todas as casas baixinhas e coloniais que caem de podres ao longo da avenida. Já para não falar das passadeiras aéreas que são necessárias mas podiam ser menos feias, mais integradas e discretas... Houve uma altura que achei que iam reabilitar toda a zona ribeirinha mas enganei-me, noutras cidades essa zona estaria a ser recuperada para ser o ex libris...
Hoje despeço-me com um poema em patuá de José Dos Santos Ferreira - Macau Di Tempo Antigo.
"Macau de antigamente
Na tempo de balicham
Non-tem assi tanto gente
Co tanto inventacam
Na sala di tiro grande
Sa tem mobilha pau-preto
Vaso-fula grandi-grandi
Orna casa qui bem-feto
Gente antigo, nos senti
Tem mas chiste, mas manera
Sabe fala, sabe uvi
Papia menos babuzera
Lava rosto, gosso dente
Nos tudo lembra come
Cava choma tudo gente
Vaza cha pa oncom bebe
Apa-bico quente-quente
Merendero ta grita
Abri lata choma gente
Vem pruva su catupa
Gente antigo sa divera
Capaz pa come-bebe
Dia intero pitisquera
Nuncassa susto more"
Até breve!
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