"É a história de Anjum, nascida numa noite sem electricidade e portanto erradamente baptizada como rapaz e educada como tal até se tornar impossível esconder o seu verdadeiro (trans)género - altura em que é enviada para uma comunidade de aberrações na velha Deli, votada ao ostracismo mas ao mesmo tempo um reduto de glamour para curiosos de uma cidade arruinada, suplantada pela nova Deli dos arranha-céus e dos centros comerciais reluzentes. Depois, há um massacre, que leva Anjum a enfrentar de novo o mundo e, mais tarde, desencantada, a mudar-se para um cemitério onde aperfeiçoa a sua empatia natural, fundando uma espécie de templo para os excluídos, dando atenção a todos, sem excepção, como se fossem seus iguais (e não serão?)."
Tão bem escrito que consigo sentir a brisa e o cheiro de Deli, o horror da miséria, ouvir o barulho das ruas e apreciar a confusão e a beleza da cidade. Tal como a India, merece ser lido devagar para digerir...
Boas leituras!
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