Podia ter sido eu...

Uma semana antes do Natal.

Num malfadado restaurante italiano em Khao Lac, a comer um T-bone, com os meus queridos filhos e bolhão.

Na altura em que estava a preparar-me para engolir ainda pensei "não devia, está muito duro".  Resultado, engasguei-me, o bife não subia nem descia, tentei tossir, nada, levantei-me porque estava com falta de ar,  valeu-me o bolhão que ao ver-me gesticular com violência percebeu que alguma coisa estava errada e me salvou a vida.

Feita a manobra de Heimlich, voltei a respirar. Chorei de alegria, de nervoso. Num momento estamos bem, no outro a finar-nos.

O que pensei nesses segundos que duraram horas? Não cheguei a fazer retrospectiva, só que ia morrer asfixiada, ninguém me ia conseguir fazer uma traqueostomia.

Foi a segunda vez que a morte me passou ao lado e tal como da primeira vez pensei, é isto o fim.

Viva a vida!