É inevitável fazerem-se paralelismos.
Famílias com filhos pequenos, pessoas casadas por amor, casas
onde reinam o carinho, a amizade e a empatia, ouvem-se gargalhadas e as
crianças são alegres e felizes.
A doença do meu amigo que partiu tem-me tirado horas de
sono. Foi tão rápido que nem se deve ter conseguido organizar, para a sua não
existência.
Não consigo imaginar a dor de saber que não se vai acompanhar
o crescimento dos filhos, as suas alegrias e tristeza, saber não estar para os poder
consolar depois de caírem.
Tantas coisas por fazer, frases que não vão ser ditas, gestos,
rotinas do dia-a-dia. Uma partida pesada, cheia de mágoa.
Dou por mim a pensar na minha vida, no que tenho e como me
devo sentir feliz mas com a sua morte sinto-me tão angustiada. Os filhos são (devem
ser) um projecto que nasce da vontade de duas pessoas unidas pelo amor, o meu
sufoco reside em sequer conseguir imaginar a minha vida sem a minha querida metade.
Desta feita, é em modo pesado e melancólico que termino a semana.
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