sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Vida triste, vida dura



É inevitável fazerem-se paralelismos.
Famílias com filhos pequenos, pessoas casadas por amor, casas onde reinam o carinho, a amizade e a empatia, ouvem-se gargalhadas e as crianças são alegres e felizes.
A doença do meu amigo que partiu tem-me tirado horas de sono. Foi tão rápido que nem se deve ter conseguido organizar, para a sua não existência.
Não consigo imaginar a dor de saber que não se vai acompanhar o crescimento dos filhos, as suas alegrias e tristeza, saber não estar para os poder consolar depois de caírem.
Tantas coisas por fazer, frases que não  vão ser ditas, gestos, rotinas do dia-a-dia. Uma partida pesada, cheia de mágoa.
Dou por mim a pensar na minha vida, no que tenho e como me devo sentir feliz mas com a sua morte sinto-me tão angustiada. Os filhos são (devem ser) um projecto que nasce da vontade de duas pessoas unidas pelo amor, o meu sufoco reside em sequer conseguir imaginar a minha vida sem a minha querida metade.
Desta feita, é em modo pesado e melancólico que termino a semana.

Sem comentários: