quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O nosso Hachikō

Lembram-se do filme «Hachi: A Dog's Story», protagonizado por Richard Gere? Esse filme é baseado na história do cão japonês Hachikō, da raça Akita (1923) e foi trazido para Tóquio pelo seu dono, Sr. Eisaburo Uyeno, professor na Universidade Imperial que, morreu em 1925 deixando Hachikō com 2 anos de idade e um enorme laço afectivo ao dono. Hachikō, continuou a esperar todos os dias na estação de Shibuya, pelo amigo que nunca mais voltou, durante mais de dez anos, em 1935 morreu no mesmo lugar em que deixou o seu dono pela última vez.

O meu querido Bolhão que é uma das pessoas com melhor coração do mundo (podem ter a certeza), há cerca de 1 ano, faça sol ou faça chuva, começou a dar comida e a falar com um cão vadio que vive na rua atrás de nossa casa. No início o cão era reservado, desconfiado e tímido mas muito engraçado. Hoje em dia à primeira assobiadela o cão aparece todo lampeiro, aos pulos, ansioso por dois dedos de conversa, algumas festas, brincadeiras e preparado para um jantar animado.

Nas noites de temporal não é raro vermos o cão no portão do nosso condomínio, à espera do seu amigo... Também não é raro, nessas noites, o bolhão sair de casa para ir acalmar o amigo.

Como escreve Milan Kundera “Os cães são o nosso elo com o Paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz."

Ai Hachikō quem nos dera um jardim!

4 comentários:

Anónimo disse...

Por um lado, o Hachikó é um felizardo... tem comida e conversa... muitas pessoas nem isso têm...

Por outro, pena realmente não terem um jardim...

O "meu" Biscuit tanto era uma de Paraíso como de Inferno... era um pouco segundo as sua "onda" e em conformidade com o seu acordar mas... tenho muitas saudades dele...

Enfim...

mor disse...

Olá Me Hate,
O nosso Hachi, ainda agora passou pelo portão. Tem a vantagem de ser livre e de só fazer o que lhe apetece. Talvez não seja possível domesticar um cão vadio adulto. Temos muita vontade!
Bjs

Anónimo disse...

:)

Sabes, acho que todo o animal nasce selvagem, mas há algo também em cada um deles que anseia pelo contacto com o outro, seja da mesma espécie ou não... um pouco à nossa imagem e semelhança... desde que venham por bem, são sempre bem vindos... ;)

mor disse...

O problema seria domestica-lo. Acho que é feliz assim, sem horas para nada, a viver em liberdade!
É mesmo giro o raio do cão.
Bjs