Uma das coisas que mudei com a maternidade e a chegada à chamada idade adulta (lá para os 40) foi deixar de ser despreocupada... Ser responsável por dois pequeninos seres passou a fazer-me ponderar as minhas decisões. Podem não ser sempre acertadas mas não é raro perder noites e dias a matutar qual será o melhor caminho...
Vacinar, escolas, sistema de ensino, ser demasiado exigente ou permissiva, férias, educar, castigar, mudar de casa, sestas, poluição, brincadeiras, actividades, moral e civismo, tudo serve para ponderar...
Uma dúvida que me vem assolando devagarinho, inquietando-me o sono, tornando longas as madrugadas. E se Macau não é afinal um sítio indicado para os meus filhos crescerem?
Não pensei que esse dia pudesse chegar, até porque o meu amor por Macau foi à primeira vista. Adorei os cheiros, os sons, o bafo colado, as diferenças, tudo me soava a aventura e exotismo no alto dos meus 11 anos.
Gosto de viver em Macau mas sinto-me inquieta com as mudanças, uma evolução mais rápida do que a esperada, ou pelo menos que eu ingenuamente esperava...
À espreita, a dúvida persiste, tirando-me noites de sono, levando-me a fazer listas mentais com os prós e os contras. Já não vejo Macau com olhos de menina, por vezes nem reconheço a cidade pela qual me apaixonei há 33 anos.
Bom dia!