sexta-feira, 31 de maio de 2013

Já repararam que a maioria dos futebolistas refere em entrevistas que nos tempos livres brincam com playstations?!
Não referem livros, passeios, concertos, viagens...  Brincar com playstations em adultos é mesmo de songamonga.
Bom fim-de-semana!

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Exercícios de retórica




Não há pachorra para as pessoas que perguntam a nossa opinião para depois argumentarem no sentido oposto. Se a opinião está formada para quê perguntar? Gostam de discutir? Uma perca de tempo, tenho mais com que me entreter...
Chatinhas!!!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Envelhecer com classe



Numa época em que as mulheres se sujeitam aos tratamentos estéticos mais inacreditáveis para combater a passagem dos anos, a super modelo China Machado, com 83 anos, é o exemplo perfeito de como podemos envelhecer em grande estilo.

Nascida em Xangai e descendente de portugueses e chineses, China Machado é uma mistura exótica e original. Podem ler aqui uma entrevista sobre a sua peculiar vida. Com 83 anos continua a dar cartas no mundo da moda.
É cada vez mais ridículo chegar aos 80, com uma cara de 40 mas corpo e problemas físicos de 80… Não ganhamos decididamente a corrida contra o tempo.

Bom dia!

sábado, 25 de maio de 2013

Pó de Talco




Outra loja que podia abrir por estas bandas é a "pó de talco". Tem roupa tão gira para crianças. Se compararmos com as lojas do mesmo género em Hong Kong concluimos que não é assim tão cara.

Devia ter comprado este vestido para a Loufuzinha pois é lindo de morrer...
Até breve!

Dá-me a tua mão


Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.

De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.

Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.
  Clarice Lispector

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Novo cheiro


Presente dos meus queridos filhos (obrigada bolhão) no dia da mãe.
Bom fim-de-semana!

Arcádia



O que eu gostei de ver lojas da arcádia espalhadas por Portugal. Já não é preciso ir ao Porto para nos deleitarmos com os chocolates.
Em Lisboa, à porta de casa dos meus pais existe uma. Juntamente com a bulhosa vieram trazer qualidade de vida a campo de ourique.
Podiam abrir uma em Macau!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Poliglota dos abraços


Girl with Baby Doll Premium Poster
A minha Loufuzinha canta o twinkle twinkle little star em francês e espanhol, numa algarviada inventada enquanto faz boquinhas. Diz que foi a empregada que lhe ensinou e que o irmão bebé prefere a versão francesa.

Imita-me as poses e expressões, fala com tanto à vontade que por vezes nos esquecemos que só tem dois anos. Adora brincar com bonecas, às econdidas, ir à piscina e ao parque, jantar fora e fazer programas especiais. Instituímos actividades de filho único lá por casa para sentir que, com o nascimento do irmão, pouco mudou. 

Começou a medir forças, parece que é próprio da idade mas tem que ser contrariada. Quase todas as manhãs tenta fazer birras, o que desgasta toda a gente... Chego ao trabalho com uma ponta de remorso por ter começado a dia a ralhar-lhe.

Apesar de alguns ciúmes ajuda a mudar a fralda ao mano e diz-lhe para não chuchar o dedo, passa os dias a dar-lhe beijinhos e festinhas, quer pegar-lhe ao colo e tomar conta dele.

Ultimamente, quando me despeço dela, apesar de não ser verdade, diz sempre num tom doce e ligeiramente piegas “esqueceste-te de me dar um abraço e beijinhos” e logo volto atrás e dou-lhe um grande abraço e encho-a de beijos... É aproveitar enquanto os pede!

Está assim a minha querida Loufuzinha...

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Inundações

Segundo os SMG vai chover durante toda a semana... Durante esta noite as partes baixas da cidade ficaram inundadas. No passado dia 9 sucedeu o mesmo, podem ler aqui. Não será melhor substituir as bombas de escoamento de água e limpar as sarjetas?!

Faltam árvores

Depois de ter estado cerca de um mês em Portugal, chego mais uma vez à conclusão de que faltam árvores em Macau...

Nem era preciso ir tão longe, bastava comparar Macau e Hong Kong com Singapura e Sidney, cidades agradáveis cheias de árvores, flores, sombras, marginais, parques e jardins, pensadas para as pessoas fazerem grandes caminhadas e passeios ao ar livre.

Segundo as estatísticas a nossa população é composta por 586.300 pessoas, temos 35 casinos, disponibilizamos 28.125 quartos de hóspedes (100 hotéis e pensões) e recebemos no mês de Março 915.766 visitantes...

Há mais de 200.000 veículos automóveis a circular nas nossas ruas, muitos deles em estado bastante poluente (basta pensarmos nas velhas carrinhas de mercadorias e nos autocarros de turismo ferrugentos e a cair de podre).

Como nos foi ensinado em pequeninos, as árvores desempenham um importante papel na produção de oxigênio, através da sua folhagem verde são purificadoras do ar poluído...

Para todos os números que apontei anteriormente, existem em toda a região 8.000 árvores (podem ver aqui que não estou a exagerar). Há mesmo ruas, como a da Cidade de Évora e a de Berlim (zonas construídas recentemente, ainda por cima) onde não se avista uma única árvore.

Não admira que nos custe circular pela cidade... Talvez fosse melhor tornar a cidade mais verde, até porque o custo social (estou a pensar nos cuidados médicos) pode sair bastante caro.

Até qualquer dia!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Carneiro falso

Estou estupefacta com as notícias sobre casos de carneiro falso... Parece que misturam rato, raposa e marta para passar por carneiro. Onde é que isto vai parar?
Tiro o chapéu  ao jornalista Helder Fernando, sobre essa e outras temáticas, no artigo de opinião do Hoje Macau .
Bom dia!


Bye bye Chupeta


A minha Loufuzinha, há cerca de dois meses abandonou a chupeta. Não foi preciso mentaliza-la, de um dia para o outro deixou de pedir para lha trazermos (já só usava durante a noite), continua a dizer que gosta muito de chuchas (em oposição ao irmão que as cospe para o ar) mas parece que se esqueceu de algum dia as ter usado.

Ontem, depois de um birra de sono, olhou para a caixa das chupetas do irmão e disse que queria uma. "Olé, querida que são só para dormir..." Voltou a esquecer-se. Espero que o pensamento não seja recorrente.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Não escrevo

Hotel Room Giclee Print
(Edward Hopper)

Acordei com os pés de fora...

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Campo de Ourique

Vivi 26 anos da minha vida em Campo de Ourique (o mais bonito bairro lisboeta) e quando lá voltei, no mês passado, percebi que estava mesmo cheia de saudades do meu bairro...
Despeço-me com um texto sobre o mesmo de MST. Bom fim-de-semana comprido!

“Viva Campo de Ourique

Tarde na manhã de sábado vou ao mercado de Campo de Ourique, um quadrado ocupando todo um quarteirão e com entradas por cada um dos lados dos pontos cardeais. Cheira a fruta e a legumes, ainda orvalhados da terra, cheira a cebolas, a coentros, a maçãs e a laranjas: nenhum supermercado cheira assim. Uma peça de fruta nunca é igual à outra, há que escolhê-las uma a uma, porque algumas têm bicho e outras não, algumas estão maduras de mais e outras ainda verdes. Saboreio este prazer de escolher peça a peça a fruta e os legumes, as saladas e os temperos, sem ter de levar, e sem poder escolher, embalagens já prontas de fruta asséptica e normalizada, legumes de sabor sempre igual trazidos de Espanha em camiões TIR pelas auto-estradas que construímos para lhes facilitar a vida. Aqui, até há pêras de Alcobaça, grandes e castanhas, em que se tem de pegar delicadamente para que o seu sumo não escorra pelas mãos, há tangerinas e laranjas que não vêm de Israel já com o selo colado na casca, mas dos pomares que ainda restam à volta de Lisboa, há uvas tardias, mas moscatel ou D. Maria genuínas, e não aquelas uvas monstruosas e que não sabem rigorosamente a nada, que vêm da África do Sul e que encontramos inevitavelmente, como sinal de boas-vindas nos quartos de hotel em qualquer paragem do mundo. E há frutos secos a granel e a peso: figos, passas castanhas, ameixas, amendoins, pinhões, nozes. E azeitonas verdadeiras e tremoços, meu Deus!

Depois vou até às bancas de mármore das peixeiras, onde o peixe vindo de madrugada de Sesimbra ou de Peniche brilha com uma humidade prateada, misturada com uma quase imperceptível camada de gordura ainda à flor da pele, sinal iniludível da frescura do dia. O sol da manhã de Outono entra disfarçado pelas janelas altas do mercado e reflecte-se nos olhos dos peixes, que repousam nas bancas como se ainda estivessem vivos. E eis o peixe mais fantástico do mundo, esse verdadeiro luxo que ainda nos resta: pregados, linguados, imperadores, salmonetes, besugos, carapau francês, peixe-galo, garoupa, cherne, lulas e choquinhos com tinta: tenho pena do resto do mundo dito civilizado, onde nem se quer se conhecem os peixes pelo nome!

Um bairro para viver tem de começar assim: com um mercado que é uma festa para os sentidos, um regresso aos sabores e aos cheiros que nos educaram. Campo de Ourique começa assim e continua depois, com tudo aquilo que faz deste bairro quase um milagre de espaço urbano perfeito: ruas largas, onde se passeiam casais, carrinhos de crianças e empregados no intervalo do almoço; comércio tradicional e personalizado, com algumas lojas ainda conhecidas pelo nome dos donos – a florista, o cabeleireiro, a loja de comida feita, o electricista, o oculista, a loja de ferragens, a papelaria-tabacaria, a casa das fechaduras, a loja de surf; e os cafés, com esplanadas conquistadas ao passeio e ao Millenium-BCP, com os seus quiosques de jornais cujos donos nos conhecem já tão bem que os dias nem sequer começariam sem o bom-dia deles. Campo de Ourique tem tudo isso, mais o jardim central, os seus pequenos restaurantes de culto, os seus excêntricos ou loucos já familiares a todos. Outras coisas felizmente não tem e muito do prazer de andar nestas ruas deve-se a essas ausências: prédios em altura e de fachadas preconceituosas, porteiros e seguranças de prédios, polícias de trânsito a tentar tornar a vida impossível. Aqui funciona como que uma auto-regulação da via pública, com um sentido natural de comunidade, em que ninguém se mete com os outros e toda a autoridade se torna dispicienda graças ao respeito mútuo pela liberdade de cada um. O melhor exemplo deste espírito de liberdade e tolerância mútua que aqui presenciei é um exemplo muito politicamente incorrecto, ocorrido manhã cedo, no café onde sempre tomo o pequeno-almoço. Uma senhora, cliente habitual, pediu um café e acendeu um cigarro. Nesta altura, um sujeito que eu nunca ali tinha visto e nunca voltei a ver, empertigou-se todo e, rico de novos conhecimentos adquiridos, interpelou-a: “Minha senhora, o cheiro do seu cigarro está-me a incomodar! E ela, sem sequer se voltar, soltou de lado, mas alto e bom som: “Olhe, também o seu cheiro me está a incomodar, mas eu não lhe ia dizer nada”. E o intruso saiu, de rabo entre as pernas e perante os sorrisos cúmplices dos habituées (oh, eu sei, um bando de selvagens!).

Pensando na explosão de ódio e de revolta que agora se vive à volta das cidades francesas, naquelas comunidades inteiras de populações imigrantes que não se sentem ligadas cultural e afectivamente aos locais onde vivem, que vêem o bairro como uma prisão e a rua como um terreno de confronto, dou-me conta até que ponto Campo de Ourique (não sei se por gestação espontânea, se porque alguém planeou e previu bem as coisas) é um bairro modelar, em termos de integração social interclassista e intergeracional, de justo equilíbrio entre comércio, serviços e habitação, entre espaços públicos e privados. E, afinal, este tão raro exemplo de harmonia e qualidade de vida urbana não precisa de nenhuma grande construção de referência, nenhuma urbanização de encher o olho, nenhum centro comercial (antes pelo contrário, o segredo é não o ter), nenhuma piscina municipal nem pavilhão gimnodesportivo, nenhuma rotunda com canteiros e estátuas pseudomodernas, enfim, nada que encha o olho e que mostre dinheiros públicos ou fortunas privadas. Apenas bom senso, sentido de equilíbrio e proporção humana. Depois, as pessoas fazem o resto: andam na rua sem pressa nem atropelos, param para conversar à porta das lojas, saúdam-se nas esquinas, passeiam as crianças, os velhos ou os cães, namoram ou lêem o jornal nas esplanadas, almoçam a horas certas na sua mesa de sempre dos seus pequenos restaurantes, numa palavra, vivem a cidade, não se limitam a sofrê-la ou a passar por ela. Certamente que aqui também há gente triste, sozinha, com vidas terríveis. Mas, pelo menos, a rua não os agride: conforta-os, distrai-os e, acima de tudo, dá-lhes um sentido de pertença a uma comunidade - que hoje é coisa tão rara e tão precisa numa cidade, como são o peixe, a fruta e os legumes do Mercado de Campo de Ourique.

Sei que este texto pode parecer um bocado absurdo, no meio desta eterna agitação em que vivemos. Mas trata-se de uma dívida de gratidão com o “meu” bairro, que eu precisava de saldar um dia. E também, já agora e aproveitando a oportunidade, trata-se igualmente de um apelo que faço a quem manda e a quem pode: por favor, não estraguem Campo de Ourique! Não é preciso muito: basta não fazerem nada.”

Miguel Sousa Tavares,

terça-feira, 14 de maio de 2013

40, já?!

Sixteen Jackies, c.1964 Art Print

Muito se passou durante a ausência prolongada. Para além do nascimento do lindo rebento E. e azáfama associada, fomos a Portugal, houve um baptizado, reencontros, passeios e muitos aniversários na família.

A querida Loufuzinha largou as fraldas, tornou-se mais independente, arisca, continuando a mesma tagarela divertida. Fala tudo, diz o que se passa, conta até 10 em três línguas, adora números, pinta, canta e mete-se com as pessoas por quem sente empatia, “Óh sinhora” é o chamamento do momento. Se por um lado fico contente por ver a evolução, por outro, sinto nostalgia ao ver o meu bebé crescer à velocidade da luz...

Entretanto o Bolhão fez 40 anos e uma festa de arromba. Eu também lá cheguei mas de forma menos entusiasta... A teoria de que os 40 anos actuais são os 30 de antigamente não me convence. Confesso que não me apetecia de todo deixar os 30, como se estivesse a perder o brilho e um restinho de rebeldia, acabou-se, sou mesmo adulta!

Moral da história: os homens lidam melhor com a chegada aos 40 do que as mulheres...

Bom dia!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Bebé E.


Voltei à labuta, chorosa e cheia de saudades do meu mais “piqueno” que deixei em casa.

O meu querido E. nasceu uns dias antes do ano da serpente e umas horas antes da cesariana que estava marcada. Vincou que era ele quem mandava. Que não ia nascer na hora predeterminada por outro qualquer.

É um querido risonho, meiguinho, com olhos doces que só quer colo e aninhar-se nos braços de quem o quer bem.

Acredito piamente que nos primeiros anos de vida (talvez a vida toda) os filhos estão ligados às mães por um cordão invisível que os liga do umbigo aos nossos corações. Ainda assim, três meses de licença sabem a pouco e com três meses de vida é tão pequenino para estar fisicamente longe de mim.

Por mim era dondoca, vivia dos rendimentos e era despreocupadamente muito rica. Passava os dias nas andanças com os filhos. Tinha muito por onde me entreter.

Ai, vida!